LUGAR DE PAZ
Este lugar é real
Jesus: a âncora da nossa alma
Temos essa esperança como âncora da alma, firme e segura, a qual adentra o santuário interior, por trás do véu, onde Jesus, que nos precedeu, entrou em nosso lugar tornando-se sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 6: 19-20
Âncora é um instrumento náutico pesado, geralmente de metal que permite fazer presa em fundos rochosos ou arenosos, fixando temporariamente os navios na posição desejada. Garrar é o termo empregado para designar que a âncora não agarra e se arrasta ao fundo por causa da corrente ou dos ventos fortes. Essa seria apenas mais uma definição do dicionário se o escritor aos Hebreus não tivesse empregado o objeto tão comum para nos apresentar a uma verdade espiritual. Tal princípio nos assegura quanto a infalibilidade das promessas de Deus para seus filhos que pacientemente esperam o cumprimento em obediência. Esperar em Deus é ter a certeza de que estamos firmes, em segurança, mesmo em meio aos ventos e agitação da maré das nossas vidas. Tomar posse das promessas passa pela observação detida das Escrituras Sagradas e da adequação de nossa vida ao querer de nosso Senhor. Se a nossa confiança não estiver em Cristo, certamente não estaremos seguros, patinaremos sem rumo nos terrenos rochosos e arenosos das circunstâncias adversas, sem contar com o risco que correremos de sucumbir ou ficar à deriva, sem rumo. Jesus é a âncora, suas promessas são infalíveis e seu cuidado é real.
Salvação: o alvo da nossa fé
...pois vocês estão alcançando o alvo da sua fé, a salvação das suas almas. IPedro 1;9
No seu ministério terreno, Jesus realizou grandes feitos, sinais e maravilhas se tornaram incontáveis após sua manifestação pública como o Cordeiro de Deus, conforme anunciado nas Escrituras. Um dos grandes feitos do Senhor foi imprimir o ser caráter nos discípulos escolhidos para serem, ainda que sem o entendimento completo naquele momento, suas testemunhas. Jesus ensinava e utilizava exemplos da vida prática para ensinar verdades espirituais, profundas e eternas. Certamente os discípulos aprenderam muito sobre humildade, sobre abnegação, sobre o amor, sobre dedicação, sobre o papel dos servos, foram certamente transformados em toda maneira de ser. No entanto, o maior impacto recebido foi o revestimento de poder, injetado na sua essência para que pudessem proclamar o evangelho com toda coragem e ousadia através do Espírito Santo selado em seus corações. Transformados para transformar! Salvos para proclamar a salvação! E foi exatamente isso que o apóstolo Pedro, na sua Primeira carta registra para os cristãos que estavam sendo perseguidos, dispersos e que certamente teriam as aflições intensificadas mediante um governo perverso da época. Uma carta recheada de palavras de esperança viva, mediante a crença da posse de uma herança que não pode perecer, macular-se ou perder o seu valor. Herança essa, conforme registra o cap. 1 versículo 4 está guardada nos céus. A certeza dessa herança deve nos levar a ter uma fé genuína que certamente resulta em louvor, glória, honra e conquista da salvação que deve ser o alvo da nossa fé. Tal certeza deve nortear as ações dos filhos de Deus, assumindo para si uma maneira santa de viver, obediente, exemplar, abnegada, temente e plenamente preparados para ação e cumprimento da missão a nós confiada pois conforme registra a carta do apóstolo, o que nos aguarda é nada menos que a imperecível coroa da glória.
Fé: o combustível que nos move
Sempre damos graças a Deus por todos vocês, mencionando-os em nossas orações. Lembramos continuamente, diante de nosso Deus e Pai, o que vocês tem demonstrado: o trabalho que resulta da fé, o esforço motivado pelo amor e a perseverança proveniente da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. I Tessalonicenses 1: 2
Este elogio feito pelo apóstolo Paulo à igreja em Tessalônica em ação de graças serviu como um aditivo à fé demonstrada pelos cristãos da época. Tal aditivo certamente potencializou a atuação dos tessalonicenses visto que suas ações foram evidenciadas e servem de inspiração e de comparativo ao produto resultante da nossa crença nos dias de hoje. A fé daquele povo era demonstrada através do trabalho, do serviço, do desprendimento, da disponibilidade, do abandono da inércia. Atuar no reino de Deus é uma demonstração de fé, de recebimento do principal combustível que coloca os crentes em Jesus num estado permanente de prontidão e de alerta. O amor daquele povo era evidenciado pelo esforço, pelo emprego de energia para as demandas espirituais, pela abnegação. Se esforçar significa de doar ao extremo, sem reservas. O amor incondicional ao Senhor deve nos livrar de qualquer embaraço com as coisas desse mundo e nos preparar para uma ação contínua de doação. A viva esperança daquele povo era demonstrada pela insistência naquilo que criam. A perseverança é a companheira daqueles que esperam pelo cumprimento das promessas de Deus, daqueles que não se curvam diante das circunstâncias, daqueles que se munem com a Palavra de Deus diariamente e combatem os combates da vida com a convicção gerada pela atuação contínua do Espírito Santo. Se temos fé devemos trabalhar, se temos amor, devemos nos esforçar e se temos esperança em Jesus Cristo não podemos desistir mas perseverar.